QUEM SOU

Minha foto
São Paulo, SP, Brazil
Artista Visual ✪ Edição de vídeo ✪ Criação de vinhetas ✪ Ilustração digital ✪ Pesquisa Arquétipos na Arte Contemporânea da América Latina ✪ Mediação público/ obra

Contato

e - mail : carolixerocos@gmail.com

CAROLINA VELASQUEZ

CAROLINA VELASQUEZ

Portifólio Carolina Velasquez

Carolina Velasquez

ARTE E EDUCAÇÃO



      Obra Bandeira.2010. Carolina Velasquez e Flavio Aquistapace.




Acredito na palavra como agente introdutor da fruição artística, acredito no corpo como aquele que vê a arte antes do olhar e na ação do artista junto de uma comunidade como arte!

✯ Trabalhei por aí, em muitas instituições da cidade de São Paulo, por elas passaram artistas, obras, curadores, públicos. Em cada brecha eu encontrei o corpo das coisas, cada etapa do processo de construção/ execução/ decodificação do corpo destas coisas que formam uma obra e como conseqüência formam o público, seja qual for seu suporte e/ou contexto sócio político cultural




Oficinas de criação de Bonecos no Festival Baixo Centro em São Paulo.2012
Segue um artigo que reflete minha participação no Festival Baixo Centro, que tem por objetivo aproximar do grande público a área do Centro de São Paulo, através da arte e suas ações.


             A arte e sua utilidade  ou  Entrei no quintal do público ontem



Fotografia de Tumbao Velasquez Y Castro

O título é bem provocador, mas não sou uma dessas pessoas que insulta as questões trazidas pela arte contemporânea sem antes vivê-las e, principalmente, respeitá-las.

O fato é que em doze anos de trabalho, recebo pessoas de todas as classes sociais dentro de instituições culturais da cidade de São Paulo, o ponto importante é: eu as recebo, elas saem de suas casas e adentram outro tempo espaço com suas regras e deuses específicos, eu os recebo e faço as pontes deste mundo da Instituição cultural com o mundo deles, que eu suponho entender, me esforço para senti-lo, amá-lo e respeitá-lo: são críticos de arte, pessoas leigas em arte e espaços culturais, crianças leigas e iniciadas na paixão pela arte, escolares, estudantes universitários, internos da Fundação Casa, estudantes da terceira idade....



Mas nesses ultimos dias, tive uma surpresa, num daqueles lapsos de coragem que todos temos de vez em quando, inscrevi uma proposta de oficina para o Festival Baixo Centro e me colocaram para dar uma oficina na avenida São João; acostumada como estava a espaços públicos superintitucionais, fui com a minha armadura costumeira, protegida do público, como pensava, para mais um evento onde passaria a técnica e o conhecimento de uma militante da arte e da sabedoria.


Caminhei, caminhei, caminhei e nunca chegava, de árvores, a paisagem mudou para prédios e depois mendigos, de tinta para fuligem, de certeza para centro de São Paulo, mais precisamente na República.

 Na porta uma menininha com uma aparente responsabilidade, que a tornava estranha à primeira vista, quase uma mulher, me perguntou quem eu procurava; depois das apresentações, fui conduzida para os andares de cima do grande labirinto que era aquele prédio visivelmente abondanado pelas leis da verba pública e das aparências de nossas classes A e B; fui apresentada ao misto de sede cultural e sede política de um movimento de ocupação. Quatro garotinhas nos acompanhavam agora, com os mesmo ares de responsabilidade, eu ia desmoronando a  minha carapaça a medida que andava por aqueles corredores e chegavamos à uma sala onde seria a atividade,: “a crianças estão chegando da escola”,ouvi, e a medida que iam chegando, meus planos fixos de construção de um boneco mítico em gupo iam abaixo.

Pra quê? Eu pensava...do que elas precisam? Me entendam, por favor, também não sou daquelas mulherzinhas que tomadas por uma indignação inata querem savar o mundo em dois segundos, mas o pra quê era uma importante pergunta sobre: a arte! Pra quê? Onde cabe aqui? Onde encaixo?

E meu roteiro ia se diluindo para se reestruturar , enquanto isso olhinhos brilhantes me fitavam, as mais velhas procuravam disfarçar uma expectativa que se inflava e ocultava, tal como acontece com as pessoas que já passaram por algumas repressões da vida, este controle das emoções ficou muito nítido durante todo o tempo da atividade e foi o que me incentivou a dar o primeiro passo em meu novo roteiro de propostas...

Consumo? Produto? Dinheiro? O que elas desejam? O que eu tenho? Feltro. Carinho. Técnica. Material. Decidi pelo produto pronto e pelo objetivo da vida, gerar autonomia e com isso confiança e com isso liberdade e com isso vida.

Arte pra quê? Parafraseando o título e dúvida da escritora, crítica e curadora Aracy Amaral, resolvi ensinar as crianças a técnica da construçao de bonecos em todas as etapas, através de um coração, pequeno e muito vermelho, tamanha não foi a alegria dos olhos que me acompanhavam quando viram a possibilidade da produção de um objeto feito em cinco minutos e que este mesmo objeto poderia ser ofertado a algum familiar como um gesto de carinho, gratidão ou prova de importância de existência geradora de sentimento, mercadoria e dinheiro no mundo, naquele mundo, naquele prédio abandonado pelo mundo externo e acolhido por aquela comunidade.

A seguir, cada criança foi  escolhendo o seu tema e construindo o seu boneco, a cada produto que ficava pronto uma espirrada de aromatizante alecrim de minha adorável amiga e colega Simone Donatelli que um dia disse: se macunaíma não nasceu para ser pedra, eu não nasci para ser poste. Explico: poste de informações, de uma via só, de só uma vida que as vezes nós educadores somos impelidos a quedar, no espaço expositivo a espera daqueles que nos necessitam e necessitamos, mas que não atingimos, parados como estamos em meio ao espaço institucional esperando, esperando....

Borboletas, corações com mensagens ternas, ossos, carros, flores, foram construídos com carinho naquele dia, me traí em meu ideal de produzir arte pura e e levada. O que é arte elevada? O que é arte? Para que serve? Senão para isto? Reformulo: para que serve o artista hoje? Era para aquilo que eu estava fazendo, fazer, promover um tempo espaço onde o fazer é puro prazer e não é classificável e sim degustado com sorrisos e orgulho de suas próprias mãos e idéias.

Ainda não cheguei perto das respostas, mas saí de lá aquela noite com a certeza de tê-las vivido e compartilho aqui meus sentimentos para não esquecê-los

Carolina Velasquez




Exposição EM NOME DOS ARTISTAS. Fundação Bienal.2011.São Paulo


Educadores grupo01 e supervisora C.Velasquez
O Treinamento desta equipe gigante de educadores, selecionados pela coordenação do Educativo da Fundação Bienal ( mais ou menos uns 100 educadores, estudantes das áreas de humanas, todos universitários), foi toda estruturada por atividades cujo objetivo era preparar o educador para receber seu grupo e mediar obras de arte contemporânea.




Atividade Lúdica executada por Gui Teixeira
Cada grupo tem o seu supervisor, este tem a função de acompanhar pessoalmente cada integrante e promover atividades que desenvolvam a percepção sobre o olhar do outro, no caso, o público e sobre si mesmo, através da arte e o que ela representa e/ou discute.O supervisor, na maioria das vezes, é um educador mais experiente que antevê processos e questões que o educador mais novo apresenta; 




Atividade Câmera escura.Criz Muniz e C.Velasquez
para instigar perguntas e debates por parte da equipe de educadores, o supervisor executa dinâmicas e atividades que abordam Tipos de público em um espaço expositivo, leitura de uma obra de arte, história da arte, biografia de artistas, percepção do próprio corpo na obra, no espaço expositivo , diante e com o público.









Durante atividade da Camera escura
Existe a  presença ( de acordo com o cronograma) de um palestrante convidado para determinado objetivo - arte educação/ público especial/ história da arte/atividades de ateliê, etc); estes palestrantes falam de suas experiências em sua carreira e na Instituição que representam atualmente. 




        Fui supervisora, durante o treinamento,de duas equipes bárbaras, uma em junho e  outra em agosto/setembro de 2011. A foto ao lado foi tirada depois da visita inaugural com exposição recém aberta, onde o supervisor dá a visita a um grupo de professores, em frente ao grupo de educadores que treinou.


Quando inaugurada a exposição, os supervisores continuam a formação,
desta vez acompanhando os atendimentos de cada educador e dando devolutivas de ua performance junto ao grupo, analisando conteúdo sobre as obras, história da arte, metodologia de leitura de obra utilizada e percepção do outro, mediar a obra para o público sem perder de vista, as necessidades que esse mesmo público traz.


     Exposição Beuys - A revolução somos nós. Sesc Pompéia.2010. São Paulo


 Ao Lado série de fotos, registro de atividade feita para o treinamento da equipe de educadores da Exposição Beuys-A revolução somos nós, 2010 no SESC Pompéia.Concepção da Atividade: Carolina Velasquez e Simone Donatelli. Curadoria Educativa: Valquíria Prates.

Descrição da Atividade
Série de exercícios corporais com o objetivo do desenvolvimento da percepção do educador sobre seu corpo, seus gestos e suas escolhas.

 Na segunda etapa das atividades                                                    realizamos uma vivência que permitiu a relação de cada educador com um objeto e na possibilidade da ausência da função comum daquele objeto para a exploração do mesmo como matéria, inesgotável de possibilidade mediante a pessoa que o manusei e o contém; os resultados formaram base para a construção de uma série de performances apresentadas pelos educadores em grupos. Tudo à moda da Pedagogia Antroposófica e à moda de Beuys.                                                       



























  O video apresenta trechos de atividade de apresentação de cada educador através de um cartaz que expões seus gostos, ídolos e dúvidas. Momento - início do treinamento de educadores.Coordenação Valquiria Prates. Supervisão: Carolina Velasquez e Simone Donatelli.







Exposição Hélio Oiticica- Museu é o mundo. Instituto Itaú Cultural.2010

Educadoras Malu andrade e
Simone Donatelli
 Trabalhei na supervisão das equipes de educadores de exposições temporárias,por fazer parte de um educativo fixo, tinha mais funções envolvidas, mas a essência era sempre a mesma: formar educadores para o atendimento ao público, conceitual e emocionalmente; esta equipe tem uma diferença, que é característica da instituição:a maioria dos educadores é experientíssima!!!
Esta característica incentivou o tom da proposta exposta nas fotos ao lado:
Proporcionar uma vivência, regada à música brasileira ( samba enredo/ tropicália/etc), onde cada educador pudesse sentir a energia pela qual Hélio Oiticica se apaixonou em sua jornada 
pelo universo da escola de samba, da música e dança brasileira;







Festança Azeite de Leos, Leandro Caetano,
Diana Tubenchlak
 toda essa movimentação que invade a alma e culmina na consequente pesquisa do artista e seus resultados plásticos. A atividade ilustrou e fundamentou semanas intensas de treinamento teórico e proporcionou um clima de descontração entre os integrantes, clima este que com certeza incentivou as propostas maravilhosas que surgiram desta equipe experiente durante a visitação do público. Nesta equipe de supervisão estavam Antonio Mello Neto e Luciana Rocha.Grandes parceiros.   


Educadora Caroline Rodrigues


Educador Gilberto Vieira
Em primeiro plano, Educadora Paula Yida








Dinâmica com conteúdo.Vídeo resultado de atividade sobre processo criativo no suporte vídeo.Exposição CINEMA SIM. INSTITUTO ITAÚ CULTURAL.Final de 2008

DINÂMICA COM CONTEÚDO, era assim que chamávamos as dinâmicas que continham vivência na proposta artística com reconhecimentos do processo criativo de uma técnica, que o educador vivencie o processo para depois poder mediá-lo, nortear ou seguir o público em cada descoberta.


Era natural para nós criar espaços, mundos onde os educadores pudessem ser outras pessoas e assim revivenciar a si mesmos, a base era respeitar e recriar a linguagem utilizada pelo artista em questão. Falo nós, pois na equipe de supervisão desta época, no itaú, era a Luciana Rocha e eu.


O vídeo a seguir foi resultado de exercício de mediação de vídeo no treinamento de educadores da exposição CINEMA SIM no Instituto Itaú Cultural, em final de 2008. Cada grupo de educadores ganhou uma máquina fotográfica digital e foram para a Avenida Paulista, local do Instituto, a proposta era que criassem histórias, depois levavam o material bruto para a ilha de edição e adicionavam outras estruturas de narrativa, como o som e por aí foi. O grupo de educadores: Alexandre Riviello, Diego Cuesta, Mariana Waldow e Marcela Tiboni, eu estava de supervisora e editei junto deles.O resultado final.











Exposição H2Olhos - Itaú Cultural


Amostra de aula de pinhole.Educadora - Carolina Velasquez



Dentro do processo de aula de Pinhole vinculada à Instituição Itaú Cultural e a exposição H2Olhos com curadoria de Miguel Chikaoka; compilei trechos do processo de ensino às crianças presentes que fotografaram e revelaram suas fotos dentro da embarcação que os levou a conhecer mais de perto a entidade Rio Tietê.Atividade com  objetivo de sensibilizar o aluno, no intuito de apropriar-se da natureza de sua cidade, através da técnica da fotografia.
Fui oficineira neste projeto, junto de outros educadores como Chico Rivers, Carmen Lazari, Carol Lopes, sob supervisão de Jacob Gelwan e Coordenação de Patricia Possa. Vídeo na íntegra, no proprio canal do Instituto Itaú Cultural.Projeto de 2008.São Paulo